DAF ganha fôlego no mercado brasileiro com apoio de nomes experientes no setor
Com mais de 45 anos de experiência no setor de transporte rodoviário, Claudio Gagliano compartilha sua visão sobre a consolidação da DAF no Brasil. Segundo o gerente de vendas da Via Trucks

Com mais de quatro décadas dedicadas ao setor de transporte rodoviário, o gerente de vendas Claudio Gagliano mais conhecido como Cacau acompanhou a transformação da indústria, a evolução dos produtos e o comportamento do transportador brasileiro. Cacau compartilhou sua visão sobre o momento atual da marca no Brasil.
“O que mais me chamou atenção foi a força que a DAF vem ganhando. Em apenas 12 anos no país, já está próxima de 11% de participação de mercado. Isso é resultado de uma estratégia clara, de um produto robusto e de uma atuação séria no pós-venda”, afirma.
Segundo ele, o mercado passou por grandes transformações. Se antes o foco estava apenas no preço e na potência, hoje o transportador busca eficiência, segurança, economia e confiabilidade. Nesse cenário, o papel do consultor de vendas se tornou mais exigente.
“O cliente espera um profissional que entenda profundamente do produto. O caminhão DAF é tecnológico, e para oferecer a solução certa, o vendedor precisa conhecer o que está entregando. Caso contrário, não há como gerar confiança”, explica.
Tecnologia embarcada sob medida
Na visão do gerente, um dos principais diferenciais da DAF é a aplicação inteligente da tecnologia. Ele ressalta que, embora os modelos da marca tragam recursos equivalentes aos dos principais concorrentes, a DAF opta por uma abordagem mais racional em aplicações severas, como fora de estrada.
“O caminhão off-road não pode ter excesso de sensores e módulos. A DAF entende isso. Em ambientes como mineração ou florestal, menos eletrônica significa mais confiabilidade. Já no rodoviário, a tecnologia embarcada traz economia real: menor consumo de diesel, maior conforto ao motorista, menos paradas e mais segurança”, detalha.
Os modelos contam com recursos como sistema antitombamento, leitura de faixa, frenagem autônoma e assistentes de condução, que atuam para reduzir riscos e aumentar a eficiência operacional.
Caso real: de concorrente à frota 100% DAF
Entre os exemplos práticos, Cacau cita o caso da Della Volpe que, em 2018, iniciou a migração de sua frota para a DAF. Hoje, conta com 306 caminhões pesados e 20 semipesados da marca.
“Quando o transportador conhece o DAF e coloca o primeiro caminhão para rodar, dificilmente volta atrás. O custo-benefício e a confiabilidade no longo prazo falam mais alto”, aponta.
Fábrica de cabines e expansão da rede
A DAF Brasil também segue investindo fortemente em estrutura. Está prevista para 2028 a internalização da produção de cabines, o que tornará a plataforma brasileira equivalente à europeia.
“Essa mudança vai representar ganho logístico, padronização de processos e mais agilidade na linha de produção. É um passo importante para consolidar a DAF como referência de produtividade também no território nacional”, afirma o gerente.
Do lado da rede, a Via Trucks também avança. A concessionária vai inaugurar duas novas unidades – uma na região da Vila Jaguara, na Anhanguera (SP), e outra no Vale do Paraíba –, ampliando a capilaridade e a estrutura de atendimento.
“Hoje não se vende caminhão sem pós-venda. A Via Trucks entende isso e vem se preparando para oferecer cobertura completa em toda sua área de atuação. Com cinco concessionárias ativas, o grupo se posiciona de forma sólida no Sudeste”, destaca.
Perspectivas para o futuro da marca no Brasil
Com o avanço da estrutura industrial, ampliação da rede e consolidação dos produtos no mercado, Cacau acredita que o cenário é promissor para a DAF no Brasil.
“A marca já é líder em cinco países europeus. Na Holanda, a produção chega a 270 caminhões por dia. Com o ritmo atual, os investimentos locais e a resposta positiva dos clientes, é questão de tempo para a DAF assumir posições ainda mais relevantes no país.”
Ao transportador que ainda não testou um caminhão da marca, o gerente é direto:
“Teste. Conheça. A partir do primeiro DAF, muitos frotistas mudam totalmente sua estratégia. A marca veio para ficar.”